quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Opinião sobre Gamificação

Acredito que o assunto “Games para educação” é muito vasto e se presta a várias leituras, dependendo do contexto do processo de educação. Por exemplo, uma coisa é o uso de games em EAD, onde o aluno usará seu próprio equipamento. Outra é o caso de aulas presenciais dadas em laboratórios preparados especialmente para elas. 

Particularmente, o contexto em que estou mais interessado é o de aulas que possam ser dadas nas salas do subsolo de um Shopping em Cuiabá. Nenhum modem 3G, de nenhuma operadora tem sinal. A Internet wireless tem performance tão baixa que somente o professor tem acesso e ele tem que enviar, com antecedência, a lista dos sites que utilizará em sala de aula. Somente um percentual dos alunos podem trazer notebooks. A esmagadora maioria deles rodará Windows. A instalação desoftwares é complicada pelo fato que alguns dos notebooks pertencem a empresas e eles são proibidos de instalar qualquer coisa. Acrescente a isto o fato que as aulas tanto podem ser de Negociação ou Comportamento do Consumidor quanto de Matemática Financeira e Gestão de Tempo em Projetos.

Neste contexto, acho que podemos discutir quais os tipos de situação em que os games ajudam, como construir estes games e como usá-los em sala. Vou dar a cara a tapa dizendo o que fiz até hoje.

(1) Simulações – jogos de simulações podem ser usados para que o aluno tenha uma experiência prática simplificada do tipo de problema que ele enfrentará na vida real. Eu já usei cartas e dados. Eu já usei canudos, fita adesiva e copos descartáveis. Já vi professores usarem Legos com sucesso. Mas minha ferramenta predileta é o Excel. Tenho um jogo que simula o comportamento de um cronograma dependendo das decisões de planejamento dos alunos. Este tipo de jogo pode ocupar longos períodos de tempo e permitem várias rodadas, entremeadas por explicações teóricas e comparação de resultado entre as diferentes técnicas. Como o Excel é algo que quase todo mundo tem instalado e eles só tem que abrir um arquivo com macros criadas por mim, consigo fácil uma quantidade de notebooks suficiente para grupos de 5 alunos.

(2) Jogos de entretenimento para fixação de conteúdo – não é incomum que tenhamos que passar uma grande quantidade de conceitos e definições. Isto é tão necessário quanto chato e depois de algum tempo a turma está cansada e desanimada. Um jogo simples, com competição entre grandes grupos parece funcionar bem nestes casos. A duração não pode ser muito grande, ou o aluno ficará achando que você está enrolando. Eu já usei um programinha chamado Hangoroo que é um jogo de forca. Pontos são ganhos ou perdidos ao se adivinhar o termo e explicar adequadamente o que significa. O programa do jogo é instalado somente em meu computador. 

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